quinta-feira, 22 de novembro de 2012

LIMITES NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Atualmente fala-se muito em limites: como impor, como educar. De todos os estudos e reflexões sobre limites na educação dos filhos, uma coisa é consensual: nossos filhos estão cada vez mais distantes da convivência familiar. Ou assistindo TV, na internet, no vídeo game ou cumprindo uma extensa agenda ( na maioria das vezes o problema está nas coisas artificiais).  E os pais, cada vez mais fora de casa também, lutando pela sobrevivência, preocupados em não perder tempo, trabalhando, estudando para que a família tenha uma  vida melhor.

Para que possamos colocar limites nos nossos filhos, precisamos ter nossos próprios limites internalizados. É aquela história: a gente dá o que tem. Quem não tem limites, não tem como colocar limites para o outro.

Hoje, muitas vezes, pediu, ganhou. Não se conquista nada, tudo passou a fazer parte do direito deles como filhos e nosso dever como pais. Muitas vezes compensamos o filho por nossa ausência.

Os filhos hoje, não podem ser frustrados, não sabem esperar, não se sentem realizados, estão sempre insatisfeitos.

A falta de limites afeta diretamente o desenvolvimento das dimensões da administração do tempo (desejo, espera, ação ética...).

Os pais precisam saber e os filhos também:
·         Os pais precisam falar a mesma linguagem (um não pode invalidar o outro, senão, o filho esperto, usa isso em seu favor)
·         O que é meu direito
·         O que é um privilégio
·         Quais os princípios da minha família ( o que rege a família, onde essa família quer chegar, seus valores, em quê acredita...)
Isso se aprende no dia-a-dia, nas conversas do cotidiano, à medida que as coisas acontecem, ou numa oportunidade criada...

É preciso mostrar ao filho a consequência de suas escolhas: quando se erra o alvo, perde-se um privilégio. Mas o filho precisa saber qual é o alvo,
como acertar. Precisa saber que as consequências podem ser maiores ou menores, que certas perdas são reversíveis, que determinados privilégios podem ser reconquistados.

Disciplina X castigo
·         Castigo: bloqueia-nos para a vida, não educa, deixa a auto-estima lá em baixo, estimula a violência, a perversão, o engano...
·         Disciplina: faz-nos crescer, ser uma pessoa melhor, um cidadão, desenvolve a auto-estima, a ética, o senso de justiça.
Uma coisa é castigar, outra, disciplinar. Castigar, qualquer um pode, disciplinar é um trabalho longo, moroso, que exige antes de tudo muito amor...


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